Neste filme português, o ecrã é ocupado por uma família lisboeta que vive momentos de constante sobressalto quando se decide mudar para uma casa no campo, o que acaba por terminar em terror…
A realização é bastante boa e é de louvar o demarcado cunho português. E isto não é só por ter um ritmo lento como é já costume dos nossos realizadores, mas por toda a história ser envolvida numa mística portuguesa muito própria: o ambiente rural com toda a aura de lendas e as suas tradições, mas também as pessoas chegadas da cidade são facilmente apreendidos pelo espectador como familiares. No entanto, e felizmente, parece-me um bom contributo para o cinema português que abdica de alguns dos seus vícios, nomeadamente o esgotamento da paciência do público que não pertença aos círculos da elite intelecto-artística.
E por tudo isto, aconselho a ver a quem se permita a apreciar um suspense português com uma tendência mais mainstream do que o habitual.
Carla V.
2 comentários:
olha, eu gostei do filme... é claramente do melhor que se fez em Portugal, não dos últimos tempos, mas de sempre... é serio(serio no sentido em que não tem manequins, nem figuras do social, nem as mamas da Soraia Chaves para chamar a atenção do publico), bem escrito, bem filmado, e acima de tudo muito bem representado. Possivelmente o melhor cartão de visita do cinema português.
Eu realmente vou ter de discordar, de facto Coisa Ruim é dos melhores filmes portugueses que andam aí mas a verdade é que mesmo assim continua a ficar aquém daquilo que o cinema português consegue alcançar. O ritmo lento como a Carla disse continua a ser uma constante nos filmes portugueses, mas Coisa Ruim embora dotado de um tipo de terror muito próprio e aliado ao folclore português que de facto é o must do filme deixa-se embrenhar a meio quase sempre pelo mesmo tipo de situações. É bom mas penso que precisa de muitas melhorias para o cinema português alcançar a internacionalidade
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