9 de fevereiro de 2009

The Mist


The Mist

Realizador: Frank Daranbot

Argumentista: Frank Daranbot baseado no livro de Stephen King

Habituei-me ao facto de que tudo o que venha de Frank Daranbot baseado num conto de Stephen king é bom e “The Mist” não foi excepção. The Mist é um drama que foca essencialmente a verdadeira natureza das pessoas no que diz respeito a situações extremas, o poder interior de auto-destruição e ajuda mutua em tempos de catástrofe. Frank Daranbot foge um pouco ao seu género de filmes, não por ser um drama mas sim por o filme roçar a ficção cientifica e o suspense, géneros em que Daranbont poucas vezes teve oportunidade para insurgir. A realização está excelente, Frank soube conduzir muito bem as personagens e a evolução das mesmas nota-se no ecrã. O filme abunda em personagens mas é interessante ver que são as personagens secundárias que levam o filme as costas, não por as personagens principais serem pouco conhecidas entre o grande publico mas sim pelo facto de que são as primeiras que vão influenciar as atitudes das segundas no decorrer da acção. Marcia Gay Harden é a personagem mais “vistosa”, esta (S)enhora que já merecia o Óscar tem mais uma vez um desempenho brilhante. Quanto a Stephen King, não tenho muita coisa a dizer, as pessoas conhecem-no pelo terror, eu conheço-o pelos dramas e a verdade é que este escritor não muda com o passar do tempo, aposta na ficção científica para retirar comportamentos emocionais em situações limite e o resultado acaba sempre por ser bom. Os extraterrestres em “The Mist” cumprem a sua função, a de conquista de massas, o resto fica para espectadores mais atentos. O final… bem… penso que é exagerado mas “caramba” é muito bom : )

Valia resmas de bilhetes não tivesse saído já em vídeo.

3 comentários:

Pedro Nora disse...

Grande filme! Já agora, dois apartes para quem gosta do filme:

-o filme originalmente era para ser apresentado em preto e branco e essa versão encontra-se na edição especial em DVD (estupidamente, tal versão não existe na edição portuguesa)

-esta é a primeira adaptação em que Darabont desenvolveu além do final escrito por King (o último minuto e meio) e, se bem que este final é realmente exagerado, gostei muito mais do o final original;

Miss V. disse...

Confesso que não costumo gostar muito dos filmes que têm "bichos", mas este surpreendeu-me porque afinal de contas, os "bichos" só são o motivo!
É uma demonstração de situações limite do ser humano e do desvanecer da componente social, que deixa de ser um dado adquirido, com uma forte crítica à cegueira religiosa.
E o final nao é exagerado!! É óptimo!!!! :)

joana disse...

Bom filme!

Parabéns pelo blog, gosto muito das vossas críticas e já me fez ver (e rever) muitos filmes. Continuem!

Diogo: ficaste mal impressionado quando eu disse que achei piada ao Lords of Dogtown, mas é verdade (como sabes, drogas, bebida, festas, promiscuidade, surf e skate resumem a minha adolescência, se não te identificaste com o filme, lamento). Ok pronto, aquilo tem uma banda sonora engraçada, é dinâmico e não apresenta grande desafio intelectual - tudo o que se quer num domigo à noite!

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