Vi recentemente Serpico, o filme policial de Dino di Laurentis que levou Al Pacino à ribalta.
Serpico conta a história de um policia honesto, de valores elevados que depois de ter acabado a academia, é envolvido numa teia de corrupção na sua própria esquadra, depressa se apercebe que a corrupção está a todos os níveis e que está sozinho na luta contra a sua própria profissão.
Al Pacino é “old school” e tudo o que é “old school” é bom, a interpretação do actor é extremamente sólida em todos os momentos do filme (tanto na esquadra como na sua vida pessoal), e as diversas personalidades que o actor assume durante o mesmo roçam a excelência e as discussões dentro da esquadra… e dentro de casa são das mais realistas e mais bem interpretadas que vi ultimamente.
A realização a cargo de Sidney Lumet é simples e concentra-se essencialmente no modo como dirige as cenas das perseguições, utilizando ângulos fixos e planos largos aproveita os cenários ao máximo bem como certos “sprints” feitos por Al Pacino que pessoalmente adorei.
O argumento de Waldo Salt baseado no livro de Peter Maas, nos dias de hoje deixou de ser original, a corrupção na policia como tema central foi já alvo de vários filmes como “Pride and Glory”, “American Gangster” e “Copland”, no entanto e tendo em conta o ano em Serpico foi produzido acredito que muitos policiais que vimos passar no grande ecrã vieram buscar a sua essência a Serpico ,não desenvolvendo muito depois deste filme.
Conclusão: o filme de Dino de Laurentis vale muito em todos os aspectos, interpretações, realização, montagem, cinematografia, produção, etc. e não nos deixa um vazio depois de o vermos, é um policial excelente, obrigatório para os amantes do género, focalizado essencialmente na luta de um homem pela justiça dentro da sua própria profissão e tudo aquilo que tem de abdicar para poder vencer.
Vale o bilhete por inteiro
“That gun takes a 14 shot clip. You expecting an army? No. Just a divison.”
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