24 de abril de 2009

Terminator

terminator_ver2 Então é sexta-feira e é dia de retrospectiva.

O original é o denominador comum para todos os outros que se seguem. “Terminator” de James Cameron com Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton abriu a porta não só para os filmes de acção/ficção cientifica, mas também para uma saga inesquecível do cinema. Vi-o recentemente para avivar a memória da adolescência, filmado em 1984 e ainda hoje com efeitos especiais que conseguem meter abaixo outros filmes recentes do mesmo género.

James Cameron mostra uma realização apurada, detalhada e continua. o filme apresenta certos lapsos temporais até ao pós “Judgement Day”, sem muito detalhe mas que serve para aguçar o engenho da história… não da narrativa. Terminator roça o filme de acção comum com salpicos de originalidade aqui e ali, mas nota-se o selo de acção de Cameron em quase todas as cenas importantes.

Arnold não é actor mas a evolução tem sido notória e nota-se no comportamento da sua personagem até ao fim da película. o “cybernetic organism with a metal skeleton surrounded by a living tissue” (definição aprimorada da máquina assassina) funciona até certo ponto, mas o conceito acaba por se desfazar a meio, o actor que anteriormente tinha feito dois filmes como Conan acaba por assumir em Terminator uma maior vistosidade no ecrã mas a personagem não lhe dá espaço para brilhar, as respostas directas e concisas fazem dele uma máquina (que é exactamente o que ele é), sem muito espaço para diálogos sobram-lhe as armas para falarem por ele.

Linda Hamilton foi outra actriz que fez furor com o filme de James Cameron, já a conhecia de “Children of the Corn” de Sthepen King antes de ver todos os Terminators. e é provavelmente a personagem que mais cresce tanto neste filme como durante a saga, mostrando-se neste filme como uma mulher um tanto mimada, um tanto rebelde mas quase sempre ingénua, a fórmula da personagem não satisfaz mas a credibilidade de Linda como actriz é suficiente para a personagem ter pernas para andar.

O argumento de James Cameron e de Gale Hurd satisfaz pela originalidade tendo mesmo ganho o Saturn Award de melhor argumento da academia de ficção cientifica, fantasia e horror dos EUA. A storyline é sólida mesmo para um filme de ficção científica e entretêm quanto baste. Para mais é apimentado por umas deixas de humor negro, ás vezes boas ás vezes medíocres mas independentemente de tudo bem enquadradas.

Vale o bilhete (para recordar e para a posterioridade)

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