12 de janeiro de 2009

Appaloosa


“Appaloosa”

Realização: Ed Harris

Ed Harris realiza o seu primeiro Western com este Appaloosa protagonizado pelo próprio, Vigo Mortensen e Renée Zellweger. O que Appaloosa tem de especial embora não original é que é um western morto em termos de acção, repete alguns clichés do velho Western mas não o reinventa, não deliramos com os tiroteios mas deliramos com as personagens, algo que não acontece com os últimos filmes do mesmo género. Appaloosa é uma pequena cidade no novo México que de repente se vê ameaçada por um bando de assassinos entre eles o já velhinho Jeremy Irons que ainda tem muitos trunfos no baralho por jogar. Para combater tal problema, a cidade decide chamar dois forasteiros, Ed Harris e Vigo Mortensen para os combater.

A realização a cargo de Ed Harris é bem conseguida mesmo para estreante realizador, embora não nos deixemos envolver pela história logo no seu inicio, as personagens envolvem de acordo com as situações, os cenários estão bem conseguidos e o ambiente Western também, mas não esperem um “Bom, o Mau e o Vilão”, ou “Por um punhado de dólares”. Para filme de Western, Appaloosa tem pouquíssimos tiroteios e demasiados tempos mortos. O que mais gostei ao ver em Appaloosa foram os ângulos de câmara minuciosamente escolhidos por Ed Harris.

Quanto as personagens destaque para Ed Harris xerife um tanto inculto mas ajudado por Mortensen, que parece não conseguir livrar-se da personagem Aragon do “Senhor dos Anéis”, mas que no entanto tem um desempenho acima da média, e ainda Renée Zellweger mulher de poucos escrúpulos que se adapta no filme conforme as situações que a envolvem, ora muito conservadora na presença do Xerife, ora demasiado liberal na presença do bando de vilões.

Jeremy Irons que já algum tempo não o via no grande ecrã tem a meu ver um desempenho razoável embora desculpável devido á personagem que interpreta que não lhe deixa grande espaço para brilhar.

Resumindo, Appaloosa embora não seja um filme genial, deve-se ver, seja pelo desempenho das suas personagens, seja pela sua realização que vou ter o cuidado de seguir de agora adiante o trabalho de Harris atrás da câmara.

Vale meio-bilhete.

Diogo Garcia

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