18 de maio de 2009

Ip Man

l_1220719_6acb6ba8 Desenganem-se os que pensam que este é um filme de ficção cientifica ou de qualquer modo ligado as novas tecnologias e piratarias do ciberespaço. Ip Man acaba por ser uma biopic do homem que integrou o género de Kung Fu, Wing Chun na China (género reavivado por Bruce Lee com o seu Jet kun Do ). Os cenários e as lutas incasáveis tornam uma biopic num filme rápido, filosófico, e visualmente muito bonito.

Wilson Yip é o realizador, apostou numa realização dinâmica e em coreografias de encher os olhos. As filmagens atingem os cenários muitas vezes de cima, visto as ruas da cidade serem extremamente estreitas, os cenários são visualmente bem trabalhados, a direcção dos actores também, contudo não poucas cenas roçam o filme de acção banal, tão banal que parece que estamos a ver um filme do Van Damme, coisa que nos dias de hoje já não apetece.

O melhor desempenho do filme vai de facto para actor que interpreta a personagem principal, Donnie Yen, conceituado actor de artes marciais na china pelo qual é maioritariamente conhecido, aposta num filme com um background diferente embora que para alguns superficialmente igual.

O argumento de Edmond Wong baseado na vida e obra de Ip Man é uma história recheada de ideais e de conceitos filosóficos fáceis mas não banais, muitos eles advindos das práticas de artes marciais. Ip Man passa ao lado dos outros blockbusters de artes marciais por não ser tratado da mesma maneira que o “Crounching Tiger Hidden Dragon” ou “Hero”. Ip Man é bom, mas de facto podia ser bem melhor, certos clichés estão presentes mas são facilmente ultrapassados pela história embutida no filme da guerra entre a China e o Japão.

Vale meio bilhete(por aquilo que tenta alcançar), mas vale o bilhete pelo entretenimento

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